Rio de Janeiro ganha nova bolsa de valores; entenda
Após mais de duas décadas sem uma bolsa de valores própria, o Rio de Janeiro anuncia um projeto para reestabelecer sua posição como um centro financeiro no Brasil. Com inauguração prevista para o segundo semestre de 2025, a nova bolsa, operada pela Americas Trading Group (ATG) e provisoriamente nomeada ATS, deve contribuir com o cenário econômico de todo o país.
Incentivos
Sob a liderança do prefeito Eduardo Paes, um conjunto significativo de incentivos fiscais foi introduzido para atrair investidores e empresas para a nova bolsa. A recente legislação aprovada reduz o Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2% para atividades relacionadas à bolsa, buscando criar um ambiente fiscal atrativo. Além disso, negociações estão em andamento para escolher um local histórico para sediar a bolsa — o prédio do antigo Automóvel Clube, no centro da cidade, é uma das possibilidades.
A ATS vai negociar ações, derivativos, câmbio e commodities. Essa iniciativa visa introduzir maior competitividade e eficiência no mercado financeiro brasileiro, reduzindo custos de transação e incentivando mais operações financeiras no país.
Impacto econômico e cultural
A reativação de uma bolsa de valores no Rio não é apenas um passo significativo para a economia, mas também um forte símbolo cultural. O marco lembra uma tradição que se estendeu de 1820 até 2002, quando a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foi incorporada pela Bovespa, formando a B3. O retorno dessa instituição financeira é visto como uma reafirmação do Rio de Janeiro como uma cidade importante para o mercado de capitais.
Previsões
A nova bolsa ainda está aguardando as autorizações finais dos órgãos reguladores, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas a expectativa é que, uma vez em operação, ela possa contribuir significativamente para a diversificação e fortalecimento do mercado financeiro.