O mercado de criptoativos é altamente concentrado em algumas exchanges e a Binance responde sozinha por cerca de metade disso, segundo a European Securities and Markets Authority (Esma), que regula o mercado de valores mobiliários na União Europeia. Essa fotografia levanta preocupações sobre os impactos de uma falha no setor, na visão do órgão fiscalizador.

O bloco está implementando o primeiro conjunto abrangente de regras do mundo para regular a negociação de criptoativos como Bitcoin, Ether e Tether, exigindo que as exchanges sejam autorizadas.

“A ESMA continuará monitorando os criptoativos, os riscos que oferecem aos consumidores e suas implicações para os mercados financeiros”, diz o regulador em um estudo sobre o tema.

Os volumes de negociação são altamente concentrados, e 10 bolsas processando cerca de 90% das negociações. A Binance é a maior delas, e responde por cerca de metade do mercado.

“Embora isso possa ser vantajoso do ponto de vista da eficiência devido às economias de escala, levanta preocupações consideráveis ​​em relação às implicações de uma falha ou mau funcionamento de um ativo ou bolsa importante para o ecossistema criptográfico mais amplo”, disse a ESMA.

À Reuters, a Binance informou acreditar que o crescimento saudável e sustentável da indústria cripto é uma responsabilidade fundamental para a empresa e outros participantes do mercado.

Para a ESMA, identificar a origem do fluxo de ordens ou a localização geográfica das exchanges de criptomoedas continua sendo problemático. Cerca de 55% dos atuais volumes de negociação globais executados em exchanges possuem licença da UE. Assim, a maioria das transações ocorre fora do bloco, em bolsas domiciliadas em paraísos fiscais.

“Ao contrário da afirmação frequente de que os criptoativos poderiam representar um porto seguro em tempos de maior estresse no mercado, encontramos um certo movimento que acompanha com as ações e nenhuma relação estável com o ouro”, disse a autoridade do mercado.