Luiz Neto para Boardwise da Ânima Comunicação em Governança
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Por Larissa Caetano
Em entrevista à Boardwise da Ânima Comunicação em Governança, o CEO e fundador da Innovation Intelligence, Luiz Neto, respondeu as principais dúvidas sobre Inteligência Artificial. Confira abaixo!
Como funciona a Inteligência Artificial Generativa?
“Os modelos de Inteligência Artificial Generativa são projetados para criar conteúdos novos e únicos, aproveitando o aprendizado obtido a partir de grandes quantidades de dados existentes. Isso é possível graças a técnicas específicas como as redes neurais profundas, que são tipos de algoritmos de aprendizado de máquina”, disse.
Inteligência Artificial como agente da transformação digital
“A transformação digital é o processo de utilizar tecnologia para reinventar serviços e processos, especialmente aproveitando o poder dos dados na nuvem. Os seres humanos, por natureza, têm dificuldade em processar grandes volumes de dados. Estima-se que utilizamos apenas cerca de 20% dos dados disponíveis. A inteligência artificial nos permite maximizar o uso desses dados, tornando análises de mercado e sistemas mais robustas e permitindo maior automação dentro dos processos empresariais. Espero que, nos próximos dois anos, possamos ver esses avanços se tornarem mais prevalentes no mercado”, explicou.
IA está avançada, mas ainda falta memória
“Eu acho que a cognição já está muito boa, então a capacidade dela de entender e te responder é muito boa. Quando a gente fala de memória, eu gosto de usar o exemplo do Albert Einstein. Finge que você tem o QI do Albert Einstein, mas a tua memória é muito pequenininha. Um dos objetivos que eu vi no Google, Microsoft etc é aumentar a memória para você conseguir passar mais informação para um algoritmo superinteligente tomar as decisões ou responder”, detalhou.
E velocidade…
“O humano quer apertar o enter e ter a resposta. Se demorar um pouquinho, já acha que quebrou, igual ao computador. A gente aprendeu que o computador responde instantaneamente. No próprio Open AI, o Sam Altman está levantando ou tentando levantar US$ 7 trilhões para fazer um chip focado em Inteligência Artificial Generativa para a gente ter essa experiência. Então, acho que a capacidade de processamento aqui é um ponto interessante de entender”, afirmou.
O que é Retrieval-Augmented Generation (RAG)?
“Retrieval-Augmented Generation, ou RAG, é uma técnica em Inteligência Artificial Generativa que combina o poder dos modelos de linguagem com a recuperação de informações. Essencialmente, um modelo como o ChatGPT, quando utilizado em contexto empresarial, geralmente não possui acesso direto ao histórico específico ou aos dados internos de uma empresa. Por isso, para tornar suas respostas mais informadas e contextualmente relevantes, o modelo pode ser equipado com a capacidade de buscar e utilizar informações específicas durante a geração de texto. No RAG, o modelo de IA consulta um banco de dados ou um conjunto de documentos para encontrar informações pertinentes e, em seguida, integra essas informações na resposta que gera. Este método está se tornando cada vez mais popular, especialmente no Vale do Silício, onde empresas estão explorando aplicações de RAG para tornar os sistemas de IA mais poderosos e adaptáveis. A ideia é que, eventualmente, esses sistemas poderão interagir com uma vasta quantidade de dados de forma inteligente, quase como um ‘Albert Einstein’ digital, capaz de compreender e responder com base em um vasto leque de informações corporativas”, destacou.
Tendências para o futuro
“Eu acho que tudo vai mudar muito rápido. A minha opinião é que daqui um ano e meio, dois, as empresas vão estar com projetos [de Inteligência Artificial]. No terceiro ano, os funcionários estariam se adaptando com o que estará acontecendo. Haveria aquela fase de transição de profissões e carreiras, com pessoas interessadas crescendo na empresa, saindo de tarefas operacionais e passando por um processo de ser mais criativo, mais engajado com a visão, missão e valores da empresa. Eu vejo muito que dá para fazer uma ponte de tecnologias e negócios, então acho que vai ter um tipo de reorganização ali no terceiro e no quarto ano. No quarto e no quinto ano, a gente nem vai olhar para o retrovisor para dizer a verdade. Já vai estar tão acostumado a usar aquele tipo de tecnologia… Eu vejo uma transição mais rápida nisso“, concluiu.
Luiz Neto para Boardwise da Ânima Comunicação em Governança
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