Reeleição do presidente da Toyota

Na assembleia geral anual da Toyota, Akio Toyoda e outros nove membros do Conselho foram reeleitos, apesar das preocupações levantadas sobre governança e escândalos relacionados a testes de certificação. A permanência de Toyoda foi antecipada devido ao controle acionário por outras empresas do grupo Toyota, recordes de resultados comerciais e a popularidade entre os investidores. Apesar disso, analistas alertam que uma queda no apoio dos acionistas poderia ser embaraçosa e impulsionar reformas de governança, incluindo a possibilidade de desfazer participações cruzadas entre as empresas do grupo.

Empresas de proxy voting como ISS e Glass Lewis, que destacaram a falta de independência do Conselho e preocupações com a estratégia de participações e retorno sobre o patrimônio. Apesar das recomendações de voto contrárias, Toyoda manteve um apoio substancial. A popularidade do executivo, especialmente entre os investidores de varejo japoneses, ajudou a neutralizar a oposição, principalmente de investidores estrangeiros. A taxa de aprovação de Toyoda caiu para 85% em 2022, de 96% no ano anterior, em meio a desafios incluindo violações de segurança e problemas nos testes de certificação em empresas do grupo.


Conselho da Tesla e “complicações corporativas” de Elon Musk

A montadora Tesla está na mira do senado dos Estados Unidos. A senadora Elizabeth Warren (Partido Democrata), que faz parte dos comitês bancário e de serviços, enviou uma carta para a presidência da companhia manifestando preocupação com “complicações corporativas” do CEO Elon Musk.

“O Conselho de Administração da Tesla parece não estar cumprindo seus deveres fiduciários para com os acionistas da Tesla ao negligenciar a abordagem dos aparentes conflitos de interesse do CEO da empresa”, escreveu a política norte-americana em uma carta. Musk também é responsável pela Neuralink e The Boring Company.

Não é a primeira vez que a senadora pede explicações à Tesla, e a relação com o empresário é delicada. No fim de 2022, ela enviou uma correspondência após Elon Musk vender bilhões de dólares das ações da companhia para financiar a compra da rede social Twitter.

Entre os pontos levantados pela senadora, destaca-se a criação da xAI, uma startup de inteligência artificial fora da Tesla, mesmo a montadora se autodenominando uma empresa de IA. Segundo a política, o empresário ameaçou se dedicar à robótica e IA independentemente da Tesla, caso não obtivesse maior controle votante na empresa. Por isso, ele incentivou os acionistas a aprovarem um investimento de US$ 5 bilhões na xAI, movimento que gerou divisões entre os investidores.

Além disso, a realocação de uma remessa de chips Nvidia AI, inicialmente destinada à Tesla, para a xAI provocou mais controvérsias. Esses chips, que têm alto custo, seriam fundamentais para os avanços tecnológicos da Tesla, mas foram redirecionados para a nova empresa de Musk, levantando questões sobre a gestão de recursos e prioridades da montadora.


Renúncia de conselheiros na Iguá Saneamento

Três membros do Conselho de Administração da Iguá Saneamento — empresa responsável pelo saneamento de 27 cidades do Brasil — renunciaram aos cargos na última semana: Paulo Todescan Lessa Mattos, que ocupava a presidência, Gustavo Nickel Buffara de Freitas e Martin Sebastian Berardi. Para substituí-los, a companhia elegeu Vital Meira de Menezes Junior, para assumir como presidente, Carlos da Costa Parcias Junior e Ricardo Szlejf.

A Iguá Saneamento também informou a destituição de três membros da diretoria executiva: Felipe Rath Fingerl, Mateus de Faria Renault Silva e Talita Caliman. Com essas saídas, o atual CEO, Roberto Barbuti, passou a acumular o cargo de diretor Financeiro e de RI.