Executivos veem espaço para melhora nos Conselhos dos EUA
Um estudo da PwC e do Conference Board mostra como os executivos de empresas listadas nos Estados Unidos avaliam o desempenho dos seus Conselhos. Apesar da confiança nos membros dos ‘boards’, a diretoria vê espaço para melhoras nos colegiados, incluindo temas emergentes como inteligência artificial e sustentabilidade. O levantamento, realizado com mais de 600 executivos em 2023, destaca a necessidade de uma evolução na governança para enfrentar os desafios do dia a dia.
Eficácia do conselho e áreas de supervisão
Apesar de 30% dos executivos classificarem o desempenho geral dos seus Conselhos como excelente ou bom, uma parcela significativa sinaliza a necessidade de desenvolvimento em áreas emergentes como tecnologia digital, inteligência artificial de nova geração (GenAI) e sustentabilidade. A pesquisa aponta uma lacuna na capacidade dos conselhos de se adaptarem e responderem aos desafios estratégicos e reforça a necessidade de aprimoramento e atualização constante.
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Composição e renovação do conselho
A pesquisa mostra que há tensões entre a gestão e o conselho a respeito da renovação dos membros. Um número recorde de 92% dos executivos defende a substituição de conselheiros, e isso evidencia uma procura por habilidades não convencionais de supervisão do conselho. Esse desejo reforça a importância de ter membros de Conselho com mentes abertas e um compromisso com o aprendizado e a expansão de seus conhecimentos.
Papel e responsabilidades do Conselho
A pesquisa revela uma percepção dividida das responsabilidades do Conselho. Embora 84% dos executivos acreditem que os Conselhos não estão invadindo o território gerencial, 40% indicam que os ‘boards’ têm dificuldades em compreender seu papel em relação ao da gestão. Menos da metade (49%) vê seus conselhos desafiando a gestão de maneira construtiva, e apenas 34% acreditam que seus conselhos fazem perguntas difíceis, essenciais para uma supervisão eficaz.
Expertise do conselho
A pesquisa também destaca uma desconexão entre as prioridades dos executivos e as dos conselheiros em relação às competências críticas no ‘board’. Enquanto os executivos valorizam a expertise em indústria, regulamentação e sustentabilidade, os conselheiros tendem a priorizar competências mais tradicionais como finanças, gestão de riscos e operações. Apenas 28% dos executivos sentem que seus conselhos têm a combinação adequada de habilidades e conhecimentos.
Confiança na gestão
Apesar de várias críticas, a pesquisa traz um ponto positivo: um forte nível de confiança dos executivos nos Conselhos. Cerca de 76% dos executivos confiam que seus Conselhos podem engajar de maneira eficaz os acionistas, e 68% acreditam que os Conselhos tomam decisões alinhadas com os propósitos e valores da empresa.